domingo, 14 de fevereiro de 2010


Fitando o sol do lado de fora de meu apartamento, penso que o dia poderia ser bem melhor.
Familia em casa. Todos se divertindo no churrasco medonho, combinado semana antes.
Meu livro predileto em mãos, no qual, já me cansei de ler.
Raios de sol são filtrados, pela porta da varanda. Cegando-me completamente.
Rapidamente, coloco minhas mãos nos olhos. 
Com uma súbita dor na consciência tento adivinhas no que meus parentes estão pensando de mim.
Desde pequena, sou a estranha que não suporta farra em familia.
Minhas amigas, invejam-me nessa parte, porque sou a única do grupo que não é intimada á enfrentar esse tipo de comemorações.
Em modestia parte, não sou á fim dessas babaguices.
Tudo que tem á ver com familia eu abomino. Meu cérebro parece que foi criado para isso.
Meu subconsciente é levado por outro rumo.
Fazendo aquele rosto angelical ser lembrado.
Apesar, dos anseios e fracassos com ele, ainda não paro de pensar como fui feliz.
Dificil esquecer o primeiro amor, afinal ele foi meu primeiro ficante, meu primeiro namorado, e meu primeiro beijo foi com ele.
Mais motivos para mim ser perdidamente apaixonada por essa pessoa perfeitamente inesquecivel.
Só que o destino foi completamente contra nosso amor.
Ele viajou com familia, dizendo que não poderiam mais voltar, então tecnicamente ele foi embora sem razões, motivos e me abandonou.
Minha cara naquela noite gelada de sexta-feira, foi de um espanto instantâneo.
Insisti para que ele me contasse o que estava havendo. E ele me deixou com um beijo na testa e com aquela frase melodramática "É melhor assim. Acredite".
Até hoje fico me questionando se errei, ou fui rápida demais.
E já fazem um ano e meio que isso aconteceu. Mas, é impossivel esquecer. Vai ver que nossa história não acabou por ai. 
Devo passar o resto de meus dias, na janela esperando ele passar e me chamar.

Ass: Maria Gabriela.

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